Autoestima

Como aceitar e gostar de nós mesmos sem cairmos no perigo da autocomplacência e da autojustificação dos traços destrutivos que existem em todos nós, por mais ocultos que estejam? Como confrontar, aceitar e admitir esses traços negativos, destrutivos que nos fazem sentir inadequados, sem perder o respeito por nós mesmos?

Acreditamos erroneamente que admitir uma verdade desagradável a nosso respeito e ao mesmo tempo nos aceitarmos pareçam ser dois opostos que se excluem mutuamente.

1º PASSO – Observe a sensação geral e vaga de que não se respeita de que carece de estima e apreciação por si mesmo como ser humano

2º PASSO – Torne mais específica essa atitude para consigo mesmo e descubra quais são esses traços e atitudes, mesmo que chegue a essa conclusão de uma maneira muito indireta. Por outro lado, é possível que você veja com muita clareza alguma coisa realmente lamentável e indesejável.

3º PASSO – Fique atento(a) ao adotar a atitude errônea, de desafiar e buscar justificativas, pela ideia de que ao admitir os traços indesejáveis, precisará desgostar de si e rejeitar toda a sua personalidade.

Toda crença errônea dá origem a um circulo vicioso. O que acontece quando não acreditamos em nosso valor?

4º PASSO: INVESTIGUE A FALSA CONVICÇÃO: “A MUDANÇA É IMPOSSÍVEL”.

– Se estiver convencido(a) de que não pode mudar: Não poderá nem mesmo dar um passo sério no sentido da mudança.

– Não sofrerá mudanças e estará convencido(a) de que ela é impossível.

1. Em que área da sua vida você se percebe de forma rígida, fixa e imutável, e como resultado sente-se imobilizado(a)?
2. Nesse caso, você acredita que esses traços e aspectos são a coisa verdadeira, que eles marcam e definem a sua pessoa?
3. Acredita sinceramente que precisa ter essas características a vida toda?
4. Você acha que não merece a felicidade porque, talvez com muita justificativa, não gosta desses traços e aspectos que possui?

“Enquanto você supuser que essa abordagem habitual é a única possível, não compreenderá as possibilidades e os poderes que a sua vida representa”.

5º PASSO: COMPREENDA A FALTA DE ESPERANÇA

Quando acreditamos que qualquer outro estado além daquele que expressamos agora é algo alheio a nós, e que o eu real, verdadeiro, final e fixo é aquele do qual não gostamos, estaremos necessariamente presos a um círculo vicioso sem esperança.

• Em que aspecto você não tem esperança?
• Você acredita que as possibilidades de expansão e felicidades têm alcance muito limitado?
• E/ou está sem esperança porque acha que não merece e não pode ter uma experiência de vida mais satisfatória e significativa?

Quando estiver infeliz ou desesperançado(a) PERGUNTE-SE:

5. “Tenho outra possibilidade de reagir a essa situação que aparentemente veio do nada, e à qual decidi reagir de maneira negativa, destrutiva, e perder as esperanças, me queixar, ficar com raiva?”.

Lembre-se que não pode mudar os outros, mas sem dúvida pode mudar suas próprias atitudes, processos e estilos de pensamento.

Fique atento(a): Como você não acredita que, no fundo, possa ser algo diferente daquilo de que não gosta, apega-se àquilo, pois não quer deixar de existir.

6º PASSO: PERCEBA QUE A ESSÊNCIA DA VIDA É MOVIMENTO E MUDANÇA = ESPERANÇA REALISTA

Reflita: “Se você puder se conceber como a essência da vida com todos os seus incríveis poderes, possibilidades e potenciais inerentes, como uma expressão da vida em constante mudança, você vai saber que merece sua estima e aceitação. A qualquer minuto, o pensamento pode mudar e criar novas atitudes de comportamento e ação, novos sentimentos, novas maneiras de ser.

7º PASSO: CULTIVE NA CONSCIÊNCIA: “TENHO EM MIM A CAPACIDADE DE AMAR” A VERDADEIRA AUTOESTIMA É RESULTADO DA PERCEPÇÃO DE SUA CAPACIDADE DE DAR DE SI.

Lembre-se: essa capacidade não pode ser conhecida enquanto você tomar por certo, cegamente, que ela não existe.

8º PASSO: CULTIVE A INTENÇÃO DE CONHECER A VERDADE: “SEI QUE A MUDANÇA É POSSÍVEL. ISSO SIGNIFICA TRAZER À SUPERFÍCIE AS QUALIDADES DORMENTES QUE JÁ EXISTEM EM MIM.”

• Quando existe esse conhecimento, por mais feias que sejam as características, você não se desespera por se achar indigno de amor.
• Você aciona os poderes que têm para seguir em frente.
• Você consegue mergulhar na fonte do eu mais profundo a fim de disponibilizar os recursos para superar os aspectos “feios”, destrutivos.

CRIANDO UM CÍRCULO BENIGNO

Afirme: Eu não sou aquilo que há de mais odioso em mim, portanto, sei que posso abrir mão da resistência a mudança. A mudança é segura, é possível, sou merecedor(a) dessa mudança. Eu quero mudar, porque assim como a vida é fluida, eu também sou fluido(a). Eu existo em todas as possibilidades em versões infinitas. Eu quero ver que o amor vem da mesma fonte inesgotável que a sabedoria, como toda a vida. Eu quero parar de negar meu instinto natural. Eu busco o exterior, quero o prazer de sentir amor, o calor e a doação de mim mesmo(a). Eu peço pela verdade de que o amor é prazer e o prazer é amor e não uma recompensa que vem de fora, ou mesmo do meu próprio eu. Isso não pode vir de nada que seja dado a mim, sendo apenas o(a) recebedor(a). Isso vem quando vibro com esse sentimento. Isso não significa que não receba amor também, pois dar e receber passam a ser intercambiáveis que muitas vezes é impossível discernir qual é qual. Ambos se tornam indistinguíveis, como um só movimento. Todo meu corpo passa a vibrar de contentamento, segurança, paz, estímulo, ânimo da maneira mais descontraída e prazerosa possível.

Promessa: Quanto mais vivenciarmos essa reação em cadeia, tanto mais perceberemos que somos uma unidade de expressão de vida realmente viva, móvel, sempre mutável. Poderemos nos dar ao luxo maravilhoso e consolador de admitir calmamente todos os aspectos indesejáveis e feios, sem deixarmos de gostar nem um pouquinho de nós mesmos, sem perdermos a noção de que somos uma expressão divina, sejam quais forem as características percebidas. Somente então, poderemos realmente superar essas características por mais paradoxal que pareça.

🌷Resumo baseado na Palestra 174 – Autoestima

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