O estado de bem-aventurança, não é apenas uma possibilidade teórica, mas sim um estado de ser natural que independe de um difícil estado de perfeição. Temos a propensão de achar que se isso ou aquilo fosse diferente (dentro de nós ou à nossa volta), nada impediria nossa felicidade.
A falta de amor próprio impede que a psique experimente seu estado natural. Induz a uma separação das forças universais e forma uma tela ou película que nos impede de nos tornarmos parte das forças cósmicas. Não importa se essa falta de amor se baseia em motivos realistas ou irrealistas. Ambos se equivalem como obstáculo. É por isso que a reavaliação dos conceitos de uma pessoa faz parte do processo de autoconhecimento.
Muitas vezes desgostamos de nós mesmos pelos motivos errados. Esses motivos quando não conscientemente reconhecidos e aceitos, criam falsas culpas e padrões de perfeição exagerados – que é sempre um sinal de que há uma violação da integridade pessoal que nos impede de ser nós mesmos..
Nesta palestra, o guia fala sobre a condição que torna possível alcançar esse estado de bem-aventurança aqui e agora.
ASPECTOS QUE DEBILITAM A INTEGRIDADE E O AUTORRESPEITO
1º – Obedecer a valores transmitidos, impostos de fora pela sociedade ou cultura, sem questionar seu sentido, sua inevitabilidade, sua razão.
O automatismo com que tomamos por certas as condições e as leis da vida impedem a autonomia do eu.
2º – Comodismo – quando nos negamos a experiência nova e espontânea de chegar a conceitos independentes e autorresponsáveis.
POR QUE EXISTE COMODISMO?
Violamos nossa integridade em função da covardia que nos induz a repetir códigos morais que nos foram transmitidos, porque tememos divergir da opinião dos outros, o que poderia nos causar conflito – é o oportunismo de querer estar de acordo com um determinado ambiente que não queremos nos dar ao luxo de antagonizar.
Traímos uma verdade que tememos nomear para obter a aprovação e/ou admiração dos outros.
Quando começamos a nos questionar, irmos mais fundo e a praticar atos externos de acordo com as respostas que descobrirmos, deixa de existir falta de consciência – estamos mais próximos de nós mesmos e do verdadeiro contentamento.
TRANSCENDER O AGORA
Não importa o estado de espírito do momento; não importam quais são as circunstâncias ou condições atuais; não importa o que sentimos – se esse agora for cabalmente enfrentado, sem fugirmos dele (talvez nos obrigando a ser o que ainda não somos), o resultado será uma fartura de bela energia, de substância vital, alegria.
ATENÇÃO PARA O HÁBITO PROFUNDAMENTE ARRAIGADO: quanto você toma as coisas como certas, sem questioná-las, e o quanto você foge do estado de espírito do momento, para não ter consciência de si?
OBSERVE ESSES DOIS ASPECTOS ATUANDO:
Quando há essa coragem e essa humildade, podemos nos perguntar:
1 – O que estou sentindo?
“E quando vocês se ouvem dizer, “Sim, neste momento estou nessa ou naquela situação infeliz”, descobrem ainda que talvez de uma maneira muito sutil, estão à espera, ou até sob pressão para atingir outro estado”.
2 – Com que aspecto estou identificado(a)?
3 – Porque reajo desta forma?
Só podemos assumir cada momento quando existir a coragem de questionar os códigos transmitidos, de encarar toda e qualquer verdade do eu, e a humildade de não precisar ser especial, e talvez, se necessário, em nome da verdade, prescindir da aprovação dos outros.
NÃO PODEMOS CRESCER QUANDO LUTAMOS PARA FUGIR DO QUE SOMOS AGORA: Essa luta é um erro, um equívoco que se Baseia na negação do que é.
1 – “Enquanto o homem se recusar a encarar o que parece mais difícil, ele não é verdadeiro”. Expresse para si:
Quero olhar a verdade em mim mesmo(a). Quero ver tudo, quero ver as áreas em que sou mais resistente. Não tenho medo de olhar seja o que for que não quero ver. Peço que a sabedoria e o poder divinos dentro de mim me façam ver o que eu não quero ver, para que eu possa fazer as mudanças cabíveis.
2 – Descreva uma situação em que você se percebe inseguro(a), vivendo para ser o que você gostaria de ser e não sendo você mesmo(a).
“Qualquer necessidade irreal tem algo que vicia – quanto mais a pessoa precisa dela, mais forte se torna o impulso doentio, e mais a pessoa se afasta da fonte interior de todas as soluções. Além disso, quanto mais ela se acostuma, mais acha que vai precisar disso”.
3 – Que confirmação específica você deseja do(s) outro(s) nesta situação? O que você se esforça para ser? Como você viola a sua integridade?
5 – Em que aspecto você abandona uma lei natural e não quer nem saber dela, para não se colocar em perigo e se opor àquilo que você teme que o mundo espere de você?
“Pensem em si mesmos com coragem e humildade, e algo se abrirá em seu interior. Uma fonte, uma fartura de maravilhosa força, de amor e sabedoria do universo estarão ao alcance de vocês”.
Afirme: Eu confio que eu seja o bastante e que meus valores intrínsecos são suficientes para viver em estado de contentamento. Como ser humano, reconheço aquelas partes em mim que são falíveis, irracionais, necessitadas, fracas, vulneráveis, erradas e infelizes. No espaço de aceitação que isso cria, eu me permito sentir todos os meus sentimentos e pensar todos os meus pensamentos. Não tenho qualquer necessidade de fingir que sou qualquer coisa ou pessoa diferente do meu verdadeiro ser.
🌷Resumo baseado na Palestra 150 – Amor-próprio, condição para o estado universal de bem-aventurança.
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