Bate na porta a inquietação, um fervilhar de pensamentos, exigências injustas, sensações e sentimentos contraditórios. É o conflito, que se faz presente, quer ser visto, não há como negar. Movimento na alma agudo, pontudo, brusco e apreensivo, até que o encaremos, ele não desiste. Pelo contrário, persiste em insistir em ser ouvido, seja cutucando na forma de ansiedade, angústia, agitação ou até congestão e estagnação. Dizemos, agora sim, você tem toda a minha atenção. O coração palpita, dispara a vontade de correr, rebelar, esconder ou até paralisar. Calma, é possível observar, respirar, acolher. Uma luz se faz presente, estamos seguros, aquecidos, não existe mais perigo.
Uma porta se abre, damos mais um passo, corremos o risco. Percorremos o caminho fortalecidos, animados pela visão que se expande, que anuncia a saída e o nascimento de uma nova possibilidade. Vale lembrar que é preciso aceitar que existe um preço a ser pago para desfrutar. Pergunte-se: quero mesmo superar o medo de me ver por inteiro? Pedimos ajuda, somos livres, podemos escolher encarar para dissolver. Agora, face a face com o conflito, descobrimos, ele não é mais o inimigo, é nosso convidado, só precisa ser ouvido, compreendido, reorientado. Nos comprometemos com a verdade, exercitamos a boa vontade, aguardamos pela direção, mesmo titubeantes, parcialmente confiantes, nos rendemos a graça da correção, perdão, reparação, liberdade. Seja bem-vindo(a) a unidade, reciprocidade, vivacidade, serenidade, felicidade.
