Como o eu consciente pode ser mais ativado e utilizado, de modo que se possa expandi-lo e abrir espaço para que a consciência espiritual o infiltre?

Como o eu consciente pode ser mais ativado e utilizado, de modo que se possa expandi-lo e abrir espaço para que a consciência espiritual o infiltre?

É nossa tarefa sintetizar, unificar e assimilar os diversos aspectos de nossa consciência. Geralmente nos identificamos com um ou vários desses aspectos, sem saber qual ou o que é o nosso verdadeiro eu. Onde ele está localizado? O que é? Como pode ser encontrado no labirinto dessa discórdia? Será que estou sendo o melhor que posso ser? Será que sou a minha consciência excessivamente severa que me aniquila por causa de características negativas?

Em realidade não somos nem nossos traços negativos, nem a nossa consciência autopunidora, nem tampouco os nossos traços positivos. É mais exato dizer que somos aquela parte que integrou e determinou, decidiu e agiu, pensou e quis e, portanto, pôde absorver o que antes era um apêndice.

O “eu” que é capaz de tomar uma decisão de, por exemplo, verdadeiramente encarar esse conflito, de observar – esse é o eu com qual podemos nos identificar com segurança.

A consciência espiritual não pode se manifestar quando a consciência já existente não é totalmente empregada na conduta da própria vida. Enquanto os valores existentes não forem postos em prática, valores adicionais não terão como ser concretizados.

Como o eu consciente pode ser mais ativado e utilizado, de modo que se possa expandi-lo e abrir espaço para que a consciência espiritual o infiltre?

No momento em que reconhecemos o que até então era inaceitável, deixamos de ser o inaceitável, passando a nos identificar com aquilo em nós que é capaz de fazer o reconhecimento, que opta por reconhecer. Não reconhecendo os aspectos que odiamos em nós mesmos, nos cegamos com relação a eles, sendo impotentemente controlados por eles.

Nesse processo, temos as seguintes etapas ou estágios:

1. Atmosfera meio adormecida de não saber quem se é, e cegamente batalhar contra aquilo que se odeia em si mesmo – consciente, semiconsciente ou inconsciente;

2. O primeiro estado do despertar, quando podemos reconhecer, observar e articular o que não gostamos; quando podemos sentir que isto é apenas um aspecto e não a sua verdade absoluta e secreta;

3. A consciência de que o “eu”, ou Eu Verdadeiro, que observa e articula, pode também tomar novas decisões e fazer novas escolhas e pode procurar por opções e possibilidades até então não sonhadas – não por mágica, mas tentando atitudes que eram antes totalmente negadas e ignoradas.

EXEMPLOS DESSAS NOVAS ATITUDES:

  • Estabelecer um objetivo positivo de autoaceitação sem perder um senso de proporção;
  • procurar novos caminhos;
  • aprender com os erros e fracassos;
  • recusar-se a desistir quando o sucesso imediato deixa de acontecer;
  • ter fé em potenciais desconhecidos que podem apenas manifestar-se à medida em que esses novos modos são adotados pela consciência.


ADOTANDO ESSES NOVOS MODOS DE PERCEPÇÃO NOS LEVA DIRETAMENTE:

4. Ao entendimento e à compreensão dos aspectos previamente negados e odiados, bem como à conexão com eles, o que significa sua dissolução e integração. Essa fusão ocorre simultaneamente com a consciência em constante expansão que absorve mais da realidade espiritual, que agora pode se desdobrar em graus cada vez maiores. Isso significa purificação.

Somente à medida que esses quatro estágios são percorridos e trabalhados, nossa mente consciente pode se expandir o suficiente para deixar entrar sabedoria, verdade, amor, energia, força de sentimento e capacidade de transcender os opostos dolorosos.

É necessário um ato de vontade interior de nossa parte para despertar as forças que estão dormentes em nós e torná-las disponíveis. Então, quando as potencialidades já disponíveis estão sendo usadas, um poder muito maior da consciência espiritual se desdobra gradualmente, como uma expressão orgânica. Convido você a afirmar:

“É provável e previsível que eu esqueça e fique envolvido novamente com a velha cegueira e seus reflexos condicionados. Mas isso não precisa me deter. Terei que me esforçar novamente e tatear até encontrar, de novo e de novo, a minha chave. Mas eu farei isso, posso fazer isso e posso, com isso, construir gradualmente uma nova força, recursos e energias. Não vou desanimar diante do fato de que construir um lindo edifício requer paciência. Não serei infantil o suficiente para esperar que isso seja feito de uma só vez. Esse é o meu desejo e usarei todos os meus recursos para tal, mas serei paciente e realista. Eu gostaria que os poderes espirituais em mim me guiassem, mas se ainda não puder perceber a guiança porque, no início desta tarefa, minhas energias são densas demais e minha consciência é demasiado embotada, confiarei, aguardarei e serei perseverante. Quero dar o meu melhor na aventura de viver. Tentarei vezes sem conta encarar, observar, dar nome, identificar aquilo de que não gosto, sem me identificar com ele. Buscarei novas maneiras de compreender isso tudo para que, finalmente, acabe por superar tudo isso.”

REFLEXÃO

Tal atitude está à nossa disposição, não como mágica, mas como uma escolha imediatamente disponível. Seria possível sair daqui com a atitude de que gostaria de observar e dar nome em vez de se deixar submergir naquilo a que, até agora, você não quis dar um nome e observar?

Palestra 189 – A AUTOIDENTIFICAÇÃO DETERMINADA PELOS ESTÁGIOS DA CONSCIÊNCIA

Confira essa e/ou outras palestras no site: www.pathworkbrasil.com.br

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