Resumo dos Princípios Básicos do Pathwork – seu objetivo e processo

Resumo dos Princípios Básicos do Pathwork – seu objetivo e processo

Para entender realmente a natureza deste caminho, é preciso compreender que somos constituídos de diferentes níveis de consciência. Cada um desses níveis representa um conjunto de atitudes, crenças e sentimentos. Frequentemente estes níveis estão em total desacordo uns com os outros e expressam diferentes estágios de desenvolvimento ao longo da nossa evolução.

De um modo geral, a condição humana pode ser melhor representada pelos seguintes níveis de consciência:

a) o eu superior – é a consciência de Deus ou centelha divina – Esse é o mais refinado e radiante dos corpos sutis, com a mais alta frequência de vibração (* palestra 14)

b) o eu inferior – consiste não apenas nas falhas comuns, fraquezas individuais que variam de pessoa para pessoa, mas também em ignorância e preguiça. Detesta mudar e se conquistar; tem uma vontade muito forte (que nem sempre pode se manifestar externamente) e quer impor sua vontade sem pagar o devido preço; é muito orgulhoso e egoísta; tem sempre muita vaidade pessoal (* palestra 14)

c) e o eu máscara – é o fingimento, a ocultação, a fachada que mostramos ao mundo, a imagem idealizada do eu que desejamos ter e na qual investimos nossas energias para torná-la “real”. É uma defesa contra a exposição de quem de fato somos neste momento.

Dentro destes níveis há diferentes graduações e estágios. Todos estes aspectos da personalidade podem ser, em graus variados, conscientes e inconscientes. Quanto menos noção tivermos sobre estes estados, menos aparelhados estaremos para lidar com a vida, conosco e outras pessoas e com certeza, tanto mais distantes estaremos da realização do nosso âmago divino.

QUAL O PROPÓSITO DESTE CAMINHO?

Unificar todos estes níveis – de forma que o eu máscara e o eu inferior se dissolvam e apenas o eu superior se manifeste e se expresse. Apenas quando o eu inferior e o eu-máscara se tornarem conscientes e sua manifestação for compreendida é que será possível corrigir os conceitos errôneos.

A falta de consciência gera conceitos distorcidos e estes criam sentimentos e energia negativos. Energia e sentimentos negativos levam ao sofrimento.

O QUE ESTE CAMINHO REQUER?

Requer que a mente ultrapasse suas próprias limitações, considerando novas possibilidades, abrindo espaço/alternativas para o eu, para a vida e para a expressão do eu na vida. Isto requer um esforço para afastar-se de modelos antigos, estabelecidos e aparentemente confortáveis. Este caminho tem um custo que nos conduz a realidade, trazendo para a experiência concreta aquilo que pode estar latente e não manifesto nas profundezas, e aquilo que está prestes a chegar à superfície e se transformar em experiência em algum momento. É mais fácil e mais rápido transcender um estado quando nos confrontamos deliberadamente com ele.

DOIS MODOS DE APROXIMAÇÃO À ESPIRITUALIDADE HUMANA:

O primeiro consiste em enfatizar, concentrar e focalizar a divindade latente que existe em cada um de nós, até que essa possibilidade se transforme em realidade.  Contudo, isto não significa necessariamente que outros níveis de consciência ainda não unificados sejam com isso automaticamente eliminados e incorporados ao núcleo divino. O que ocorre com muita frequência, que tais atividades tragam verdadeiramente à tona o eu superior, real e, ainda assim, deixem intactos aspectos ainda não desenvolvidos da consciência.

O segundo modo de aproximação à espiritualidade – que é a abordagem desse caminho – inclui iluminar, com a luz da percepção da consciência e experiência, as distorções interiores, a feiura, a escuridão, o sofrimento, bem como a verdade interior, a beleza, o amor, a bondade e a alegria. Para isso é necessário desenvolver uma grande sensibilidade: saber quando focalizar mais um aspecto ou outro; saber quando se concentrar no eu superior para fortalece-lo e assim permitir que ele nos oriente mais e mais; saber quando prestar atenção ao eu inferior, em sua desonestidade e trapaça, quando olhar para os truques do eu-máscara; e saber quando é chegada a hora de vivenciar sentimentos até então evitados.

NÍVEIS A SEREM TRABALHADOS AO LONGO DO CAMINHO

(1) o nível da mente e do pensamento

Pensamentos direcionados para canais equivocados influenciam os demais níveis criando círculos viciosos, e estes círculos viciosos constituem armadilhas que nos levam a situações sem saída. Os conceitos errôneos inconscientes podem apenas ser revelados se examinarmos nossa vida, sofrimentos, frustrações e desejos insatisfeitos. Uma compreensão errônea deve ser identificada como tal. Precisamos investigar: por que é equivocada? Como existe e por quais caminhos conduz a um círculo vicioso? Como age o círculo vicioso? Qual o conceito adequado correspondente? Como, ao viver de acordo com ele podemos chegar a um mundo amplo, a um suave caminho de criativa autoexpressão criativa? Tudo isto deve ser claramente percebido, compreendido, conscientizado e, finalmente, vivenciado emocionalmente. Apenas através da vivência emocional, essa percepção inadequada pode ser substituída pelo conceito verdadeiro. Só então o conceito verdadeiro poderá criar raízes na psique e abrir novos canais de funcionamento, de comportamento espontâneo (em oposição ao comportamento baseado em reflexos condicionados) e de expressão criativa dos sentimentos.

(2) o nível da vontade

Para trabalhar no nível da vontade, precisamos compreender, que há uma vontade externa e uma vontade interna (um ato de vontade voluntário e um involuntário). Esses dois níveis da vontade precisam ser examinados, compreendidos e trazidos à consciência. Enquanto houver distorções na psique, concepções errôneas, aspectos negativos, o poder da vontade estará em desequilíbrio. Onde deveríamos ser ativos, frequentemente estaremos paralisados, estagnados. Onde deveríamos ser receptivos e passivos, estaremos pressionando. Devemos discernir em quais áreas aceitamos momentaneamente
nossas limitações de controle e abrimos mão das pressões de uma vontade exacerbada.

(3) o nível dos sentimentos

Quando abrigamos conceitos incorretos (conscientes e/ou inconscientes) e onde há desequilíbrio entre a vontade interna e a externa, os sentimentos são destrutivos, estagnados, dolorosos. A energia do corpo sentimento fica paralisada e bloqueada. A recusa a experienciar sentimentos dolorosos se baseia na ideia errônea que eles irão nos aniquilar; ou que provarão que não somos bons. Este conceito incorreto deve ser questionado e mudado.

É preciso lidar com esses sentimentos num nível consciente para que eles possam ser canalizados construtivamente (sentimentos destrutivos podem certamente ser expressos de forma construtiva). Se isto não estiver sendo feito, sentimentos negativos e dolorosos ficarão presos num nível inconsciente nos impedindo de ter uma atuação saudável. Isto nos leva inevitavelmente a uma vivência indireta e destrutiva de tais sentimentos, da qual, na maior parte das vezes estamos totalmente inconscientes.          

O estado de relaxamento – na mente, na vontade, no sentimento e no corpo – é o pré-requisito indispensável para o prazer e, consequentemente, para a plenitude.

(4) o nível do corpo e da expressão física.

O corpo expressa a concepção errônea, o desequilíbrio e paralisação da vontade, a negação dos sentimentos através da contração muscular. As tensões e a paralisação do fluxo de energia causado pelas distorções em qualquer um dos níveis podem afetar o corpo, deformá-lo, criar todos os tipos de sintomas e chegar até mesmo a causar doenças, se este aspecto for negligenciado durante um tempo muito longo. Cada célula do corpo humano tem consciência – uma consciência de si própria. Quando há áreas de bloqueio, o sistema celular nessas áreas não pode ser permeado pelo fluxo de energia divina e pela divina consciência. Podemos relacionar, por exemplo, um sintoma físico (dor ou tensão) com uma atitude mental, um pensamento, emoção e a vontade que correspondem a e motivam esta manifestação física específica. Por exemplo, quando começarmos a perceber que determinada tensão física pode ser um sentimento de ódio ou raiva e uma vontade externa muito atuante que não pode sofrer derrotas.

MEDITAÇÃO

É preciso sempre buscar contato com o eu superior, a divina consciência presente em cada um de nós. Quando a meditação é feita com o intuito de tornar conscientes os níveis espirituais distorcidos e reorientá-los, ela segue naturalmente outro rumo, diferente daquele em que é feita simplesmente para chegar ao eu divino, desconsiderando os aspectos escuros do eu. Nem sempre é possível meditar, e isto acontece com muitos de nós, não importa quão comprometidos estejamos com este caminho, porque os bloqueios da mente, da vontade, dos sentimentos, criam também um bloqueio espiritual que impede a meditação. Podemos meditar para alcançar mais orientação no sentido de maior desbloqueio, para nos tornarmos mais conscientes daquilo que ainda não é conhecido e para vivenciar mais sentimentos. Precisamos liberar os bloqueios para podermos meditar e devemos meditar para liberar os bloqueios.

A falta de percepção de uma área impede a percepção de outra, e isto constitui uma lei espiritual imutável. Se, por exemplo, afastamos a consciência do eu inferior e do eu-máscara, não poderemos nos aperceber de nosso eu superior já manifesto.

AUTORRESPONSABILIDADE

Na medida em que nos comprometemos, perceberemos uma realidade orgânica, viva, que nos informa e nos mostra que qualquer que seja a nossa experiência, ela é uma expressão intrínseca de nosso ser interior. Este caminho usa esta verdade, e importantíssima ferramenta, para definir nosso estado interno, eliminando a falácia da impotência. Ao assumirmos responsabilidade em todos os aspectos imagináveis, inevitavelmente descobriremos que tanto o bom quanto o mau em nossas vidas são a perfeita expressão de nossos pensamentos, de nossa vontade, daquilo que desejamos, do que sentimos e de nosso ser físico.

🌷Resumo baseado na Palestra 193 – Resumo dos Princípios Básicos do Pathwork – seu objetivo e processo.

🌷 Palestra 14 – O eu superior, o eu inferior e a máscara

Confira estas e outras palestras no site: www.pathworkbrasil.com.br

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